ANATOMIA FOLIAR DE IPÊ ROSA DO CERRADO NAS PROXIMIDADES DE FORMOSA-GO

Autores

  • Laiany Vieira da Silva IFG-Formosa GO
  • Mateus Barbosa dos Santos Barbosa dos Santos
  • Marcos Augusto Schliewe Instituto Federal de Goiás

Palavras-chave:

Tabebuia rosea, folíolos, xeromórficas

Resumo

Ipê rosa Tabebuia rosea (Bertol.) Bertero ex A. DC. pertence à família Bignoniaceae e está bastante aclimatada ao Brasil com área de ocorrência nos biomas cerrado, mata atlântica e Amazônia. Além do seu potencial ornamental, populares usam a casca e a entrecasca do ipê para fazer chás para tratamento anti-inflamatório, analgésico, antifúngico e antibiótico.

Biografia do Autor

Mateus Barbosa dos Santos Barbosa dos Santos

Ipê rosa Tabebuia rosea (Bertol.) Bertero ex A. DC. pertence à família Bignoniaceae e está bastante aclimatada ao Brasil com área de ocorrência nos biomas cerrado, mata atlântica e Amazônia. Além do seu potencial ornamental, populares usam a casca e a entrecasca do ipê para fazer chás para tratamento anti-inflamatório, analgésico, antifúngico e antibiótico. Devido a relevância desta espécie o objetivo deste trabalho foi de analisar a anatomia foliar do Ipê Rosa para auxiliar na identificação e contribuir para melhor compreensão dos processos adaptativos no Cerrado da região do entorno do distrito federal. Para isto 15 folíolos, padronizados quanto a posição das folhas no ramo, foram coletados de indivíduos localizados no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás situado na cidade de Formosa- GO. Em laboratório fragmentos de aproximadamente 1 cm²   nervura central, mesofilo e bordo foram selecionados para a realização de secções transversais feitas a mão livre, após a clarificação e dupla coloração foi realizada a montagem em lâmina de vidro utilizando glicerina 50%. Os folíolos do ipê rosa possuem nervura central bastante proeminente e composta por epiderme unisseriada, internamente possui de 5 a 8 camadas de colênquima, parênquima cortical e calotas de células esclerenquimáticas próximo ao floema, possui ampla vascularização de xilema que está contornado por fibras do esclerênquima, no centro a nervura é preenchida por parênquima medular. No mesofilo há estômatos na epiderme da face superior e inferior, apresenta uma composição do parênquima clorofiliano do tipo isolateral, no qual contêm parênquima paliçádico junto às duas faces da epiderme, no bordo foliar foi registradas camadas de células colenquimáticas. Apesar de representar um trabalho inicial, a presença de células esclerenquimáticas em várias regiões da anatomia foliar pode indicar uma adaptação ao cerrado por ser considerada uma característica xeromórfica, outra característica que merece maior atenção é o mesofilo do tipo isolateral que também é considerada uma característica favorável a plantas que estão expostas diretamente ao sol, característica comum no cerrado e que não é marcante nos indivíduos localizados na mata atlântica e Amazônia. Assim o estudo da anatomia desta espécie que ocorre em vários biomas do Brasil deve ser explorado para que características diferenciais possam ser estabelecidas.  

Arquivos adicionais

Publicado

18.10.2023

Edição

Seção

Biodiversidade e Etnoconhecimento no Cerrado