REPRESENTAÇÕES DA POBREZA NA ARTE:

CHARLES CHAPLIN E A EXPOSIÇÃO ESTÉTICA DA POBREZA

Autores

  • Vinicius Seabra FAP

Palavras-chave:

Educação. Pobreza. Desigualdade Social.

Resumo

A figura do pobre sempre existiu nas sociedades, porém em cada momento histórico a pobreza agregou perspectivas distintas no que tange a sua representação social e estética. Houve um período em que a igreja concebeu a pobreza como uma determinação divina, posteriormente, o Estado entendeu a pobreza como conjuntura social para intervenção de leis de acolhida e controle provincianos. No capitalismo, a representação do pobre perpassa pelas vias do acúmulo de capital dos donos dos meios de produção e pela subserviência laboral dos operários, o que ao fim o desfigura como sujeito histórico. Paralelamente, entende-se que foi no período da Revolução Industrial que se fomentou o arquétipo necessário para o pobre entrar em um processo desfiliação como está posto na atualmente. É neste cenário que a cinematografia de Charles Chaplin emerge, usando o cinema como forma de denúncia social das desigualdades, das representações da pobreza e das opressões coletivas oriundas no capitalismo industrial. Conclui-se que C. Chaplin promoveu a representação estética do pobre como uma experiência mnêmica da sua própria história, demonstrando que o cinema, assim como as demais formas de artes, pode promover uma reflexão crítica acerca da sociedade.

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Publicado

2022-05-19