MIASTENIA GRAVIS: CONDUTA DESAFIADORA NA PRÁTICA ANESTÉSICA
DOI:
https://doi.org/10.35685/revintera.v7i1.3780Palavras-chave:
Miastenia gravis, Anestesia, Bloqueadores neuromuscularesResumo
A Miastenia Gravis (MG) é uma doença autoimune e de caráter crônico, mediada por anticorpos de acetilcolina ou anti-MusK, na junção neuromuscular, sendo caracterizada por uma fraqueza muscular fatigável. Do ponto de vista anestésico, esses pacientes são considerados um desafio, principalmente pelo risco de desordens respiratórias. Esse trabalho tem por objetivo verificar as estratégias anestésicas para redução das complicações nos pacientes com miastenia gravis. Trata-se de uma revisão de literatura integrativa. A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados BVS, PubMed e Cochrane, sendo limitados a artigos publicados entre 2013 e 2023. Após o período de análise e refinamento, foram selecionados 11 artigos que fizeram a composição da amostra final. Os resultados mostram que conduta anestésica nos pacientes diagnosticados com Miastenia Gravis deve ser minuciosa na intenção de reduzir os riscos de eventuais complicações sendo de suma importância uma avaliação pré-operatória detalhada, optar por anestesia regional quando possível, evitar anestésicos com maior susceptibilidade a alteração respiratória como benzodiazepínicos e opiácios, assim como os bloqueadores neuromusculares e, se esses forem utilizados, faz-se necessário o uso da monitorização do bloqueio e reversão preferencialmente com sugamadex. Dessa forma, para a escolha da abordagem anestésica deve-se considerar a fisiopatologia da doença, a evolução clínica, a interação com drogas anestésicas, a interferência do estresse cirúrgico e o risco de insuficiência respiratória relacionado à curarização residual pós-operatória com uso dos bloqueadores neuromusculares.
