UM OLHAR SOBRE A TRANSITORIEDADE DO CONHECIMENTO OU CONHECIMENTO: CONSTRUÇÃO E MUTAÇÃO

Autores

  • Djalma Gonçalves Pereira Centro Universitário de Mineiros
  • Pedro Martins Pereira

Resumo

O conhecimento é como um caleidoscópio. Podemos enxergar diferentes verdades; podemos escolher mais de uma perspectiva de análise e reflexão e cada uma terá sua lógica, seu fundamento e sua defesa. Isso acontece, pois em parte projetamos no conhecimento nosso olhar que é parcial, nossas escolhas e nossa experiência.

A atração que sentimos pela variedade produzida por tal caleidoscópio é tamanha que, ainda que os maiores argumentos da razão consistam exatamente na imposição de limitações sobre nossa capacidade de conhecer, insistimos em fazê-lo.

Kant (1781), por exemplo, revelou através da noção de crítica transcendental, a impossibilidade de conhecer os objetos em si. Hume (1748), com suas teses sobre a indução, argumenta que toda verdade indutiva é provável, mas não necessária. Suspendeu assim para sempre a fé total no raciocínio científico. Gödel (1931), ao demonstrar com seus dois teoremas da incompletude que qualquer sistema forte o suficiente para expressar a aritmética de Penao é tal que não pode provar sua própria consistência e garante a existência de verdade indemonstráveis, expõe que nem mesmo em nossa área mais bem-acabada do saber, a Matemática, somos capazes de acessar o conhecimento total.

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Publicado

08-06-2018

Como Citar

PEREIRA, Djalma Gonçalves; PEREIRA, Pedro Martins. UM OLHAR SOBRE A TRANSITORIEDADE DO CONHECIMENTO OU CONHECIMENTO: CONSTRUÇÃO E MUTAÇÃO. Revista Interação Interdisciplinar (ISSN: 2526-9550), [S. l.], v. 2, n. 1, 2018. Disponível em: https://publicacoes.unifimes.edu.br:443/index.php/interacao/article/view/366. Acesso em: 22 nov. 2024.