CUSTEIO EM SAÚDE BASEADO EM ATIVIDADE E TEMPO (TDABC) DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PULMONAR PARA PESSOAS COM COVID LONGA
DOI:
https://doi.org/10.35685/revintera.v6i1.3014Palavras-chave:
Custos Hospitalares, COVID longa, ReabilitaçãoResumo
Esse estudo tem como objetivo estimar o custo do Programa de Reabilitação Pulmonar para pacientes com COVID longa e avaliar seu desempenho financeiro, comparando o custo ao repasse financeiro de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Foi realizado uma análise post-hoc com aplicação do método de custeio baseado em atividades e tempo (TDABC) a partir de dados coletados prospectivamente em um ensaio clínico randomizado sobre treinamento muscular inspiratório em 110 pacientes pós-COVID-19 que possuíam mais de 18 anos e que necessitaram de pelo menos 48 horas de suporte ventilatório invasivo. Foram excluídos da análise os pacientes que não completaram as 24 sessões de reabilitação propostas; pacientes com doenças neuromusculares pré-existentes; gestantes; pacientes com incapacidade de compreender comandos verbais simples. O custo total mensal do programa é de R$ 65.508,75, sendo o valor per capita de R$ 655,09 (equivalente a €3.681,60 ou US$ 3.426,12). Os itens que mais impactam no custo são osvinculados à estrutura do programa (R$ 61.419,80), equivalente a 93,7% do valor total. Observou-se grande déficit no valor repassado (R$ 63.741,23 – 97,3%) pelo SUS. Nesse contexto, a metodologia TDABC mostrou-se eficiente para a mensuração do desempenho financeiro proposto. O programa de reabilitação gera um déficit significativo, consumindo parcela importante dos recursos do sistema de saúde, o que justifica a necessidade de revisão dos repasses governamentais, para que sejam mantidas as condições de promoção, proteção e recuperação da saúde. No mesmo sentido, visando a melhoria da eficiência do serviço, sugere-se avaliação do aumento da capacidade de atendimento do programa.