ANEMIA HEMOLÍTICA IMUNOMEDIADA (AHIM): RELATO DE CASO

Autores

  • Camila Rafaelly Curado Oliveira Barbosa Uni Goiás - Centro Universitário de Goiás
  • Victoria Da Silva Gomes Uni Goiás, Centro Universitário de Goiás
  • Sandra Tatiana Brockes Uni Goiás, Centro Universitário de Goiás
  • Josefa Moreira do Nascimento Rocha

DOI:

https://doi.org/10.35685/revintera.v6i1.2891

Palavras-chave:

Imunomediada, Anemia, Hipersensibilidade

Resumo

A anemia hemolítica imunomediada (AHIM) é uma condição em que ocorre uma falha no reconhecimento do próprio e os anticorpos passam a opsonizar antígenos na superfície eritrocitária, em uma reação de hipersensibilidade geralmente do tipo II. Na AHIM intravascular, ocorre lise dos eritrócitos dentro dos vasos sanguíneos. Na extravascular, as hemácias são fagocitadas por macrófagos de órgãos como o baço, medula óssea e fígado. A doença pode ser primária, secundária (a fatores como infecções, neoplasias, medicamentos, eritrólise neonatal e transfusões sanguíneas) ou idiopática. O diagnóstico se baseia em sinais clínicos de anemia e exames laboratoriais que mostram anemia regenerativa, hemólise e presença de anticorpos direcionados contra as hemácias. O caso relatado é de um animal que apresentou obstrução por uretrólito e hidronefrose. Após os procedimentos de retrohidropropulsão e cistotomia o paciente apresentou queda gradual e significativa em eritrograma. Também foram verificadas neutrofilia com desvio à esquerda, monócitos ativados, trombocitopenia seguida de trombocitose, soro ictérico e hemoglobinúria. O teste de autoaglutinação revelou resultado positivo. Em mielograma verificou-se hipercelularidade eritrocítica e megacariocítica, e hipocelularidade granulocítica. A ceftriaxona foi relatada como uma das principais causas de AHIM e está associada a casos clínicos graves. Não existe um exame padrão para o diagnóstico da AHIM, sendo necessário combinar vários exames, como teste de Coombs e teste de autoaglutinação, e histórico do paciente. Na AHIM primária o tratamento é baseado em terapia imunossupressora. Na AHIM secundária, a doença primária deve ser tratada antes do tratamento específico da anemia. O prognóstico da AHIM é geralmente reservado.

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Publicado

20-05-2024

Como Citar

RAFAELLY CURADO OLIVEIRA BARBOSA, Camila; DA SILVA GOMES, Victoria; TATIANA BROCKES , Sandra; MOREIRA DO NASCIMENTO ROCHA, Josefa. ANEMIA HEMOLÍTICA IMUNOMEDIADA (AHIM): RELATO DE CASO. Revista Interação Interdisciplinar (ISSN: 2526-9550), [S. l.], v. 6, n. 1, p. 91–106, 2024. DOI: 10.35685/revintera.v6i1.2891. Disponível em: https://publicacoes.unifimes.edu.br:443/index.php/interacao/article/view/2891. Acesso em: 21 dez. 2024.