O PREÇO DA DESINFORMAÇÃO: IMPACTOS DA HESITAÇÃO VACINAL NA SAÚDE COLETIVA

Autores

  • Vinicius Silva Carrijo UNIFIMES
  • João Edilson de Oliveira Filho ,

DOI:

https://doi.org/10.35685/7jzxav19

Palavras-chave:

Hesitação vacinal, Saúde Pública, Desinformação, Politicas de imunização, Cobertura Vacinal

Resumo

As vacinas são fundamentais para a saúde pública, tendo erradicado doenças como varíola e poliomielite. Contudo, a hesitação vacinal emerge como desafio global, impulsionada por fatores culturais, desinformação e desconfiança institucional, sendo reconhecida pela OMS como uma das principais ameaças à saúde. No Brasil, o PNI, outrora modelo de sucesso, enfrenta desde 2015 queda nas coberturas vacinais devido à disseminação de fake news, polarização política e barreiras de acesso. Este estudo, baseado em revisão integrativa, identificou que a hesitação decorre de múltiplos fatores: desconfiança paradoxal em grupos de alta escolaridade, influência religiosa e política, e falsa percepção de segurança gerada pelo próprio êxito histórico das vacinas. A pandemia de COVID-19 intensificou essa crise, com áreas sob liderança negacionista registrando coberturas 22% inferiores à média nacional. As soluções exigem abordagens multifacetadas: campanhas baseadas em evidências com narrativas emocionais positivas; políticas públicas como a vinculação de benefícios sociais à vacinação; tecnologias digitais; e engajamento comunitário com líderes locais. O SUS, com sua capilaridade, está apto a liderar essa transformação, mas demanda investimentos em formação profissional e sistemas de monitoramento em tempo real. A recuperação das coberturas vacinais é viável mediante estratégias integradas que combinem rigor científico, políticas assertivas e participação social, preservando o legado brasileiro em saúde coletiva.

Publicado

2025-09-22