O PARTO HUMANIZADO X VIOLÊNCIA OBSTETRÍCIA NA PERSPECTIVA DA ÉTICA MÉDICA BRASILEIRA

Resumo

O período da gestação constitui um momento único e especial na vida de uma mulher que, e escolha da via de parto constitui uma importante decisão a ser tomada nesse momento, principalmente quando não é associado ao acompanhamento e apoio necessário, de acordo com o Conselho Federal de Medicina. O presente trabalho tem como objetivo analisar as características éticas e os desafios que envolvem o parto humanizado, bem como a autonomia da gestante na escolha da via de parto. Cabe ao médico e a equipe responsável pelo parto garantir que se possível o mesmo seja seguido, assim como a presença de um acompanhante e os cuidados no pré e pós-parto. A construção de um plano de parto no período pré-natal, constitui um aspecto importante para que seja possível alinhar as expectativas e a realidade de cada gestante, analisando juntamente suas necessidades médicas e suas condições de saúde. Cabe ressaltar, ainda, que a violência obstétrica pode ocorrer em qualquer momento da gestação por atos ou palavras (humilhações verbais) e é de responsabilidade do médico e da equipe prevenir qualquer ato assim relacionado, priorizando a humanização e o cuidado da paciente. "o médico deve acompanhar a autonomia da mulher em suas escolhas, desde que estas não prejudiquem a sua saúde ou a do feto". Na assistência ao parto, o termo humanização é utilizado há décadas e possui os mais variados significados.