SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO E SEUS REFLEXOS
Resumen
A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma endocrinopatia (distúrbio endócrino feminino) com alta incidência em mulheres em idade reprodutiva, atingindo cerca de 8 a cada 100 mulheres. A SOP não possui causa plenamente conhecida, porém a hipótese mais aceita de patogenia é uma desordem multigênica complexa, incluindo desequilíbrios hipotálamo-hipofisários, esteroidogênese e resistência insulínica. Esse trabalho tem como objetivo a promoção da conscientização da SOP, alertando sobre os inúmeros reflexos negativos na vida da mulher, referindo-se além dos sintomas guias da doença, indiciando os perigos de um dignóstico tardio e caracterizar os reflexos de uma síndrome tão complexa na vida da mulher. Trata-se de uma revisão bibliográfica, que integra o empenho de diferentes pesquisadores, em artigos científicos e monografias, acessados utilizando o Scielo e o Google Acadêmico. As pesquisas pontuam fortemente a necessidade de um diagnóstico precoce feito por meio de consultas de rotina em ginecologistas. Porém, estudos afirmam que não são em consultas ginecológicas que grande parte das vítimas de SOP relata a descoberta da doença, mas sim após consultas dermatógicas. Isso se dá pois as pacientes recorrem a dermatológistas por terem tido alterações na pele e cabelo, que são os principais sintomas de SOP, e, após exames, receberam o diagnótico preciso. Assim, mulheres vítimas de SOP devem ser submetidas a uma série de exames em busca do melhor diagnóstico para serem sujeitadas ao melhor tratamento diante de suas circunstâncias. Dessa forma, são feitos exames para excluir distúrbios hormonais, demais fatores de anovulação (ausência de ovulação por um tempo prolongado) e de infertilidade e, também, para concretizar o investigação de SOP, é feito uma ultrassonografia (USG) para examinar os ovários e identificar cistos. Após identificada a síndrome, é feito um tratamento, em geral com anticoncepcionais, variando em alguns casos para o uso de sensibilizantes de insulina e, também, com alteração no estilo de vida. Vale ressaltar que a SOP não possui cura, mas seu tratamento é eficaz e reduz significamente os sintomas, visando reduzir as manifestações do hiperandrogenismo, recompor os ciclos ovulatórios regulares e reparar a síndrome metabólica.