ANEMIA HEMOLÍTICA IMUNOMEDIADA: UMA ABORDAGEM DOS SINAIS CLÍNICOS E TÉCNICAS PARA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
DOI:
https://doi.org/10.35685/7faprw84Palabras clave:
Autoaglutinação, Esferócitos, Hemólise, HemogramaResumen
A Anemia Hemolítica Imunomediada (AHIM) é comum na rotina clínica veterinária e sua patologia envolve a destruição imunomediada dos eritrócitos, levando à anemia. Em grande parte dos cães a AHIM pode ter origem primária ou idiopática, não tendo uma causa definida, ou ser secundária a doenças infecciosas, neoplásicas, vacinação, medicamentos e transfusões, entre outras causas. As manifestações clínicas surgem conforme a intensidade da anemia, mecanismos compensatórios e gravidade da hipóxia tecidual. Não existe padrão ouro de diagnóstico estabelecido para AHIM em cães, por isso as alterações laboratoriais devem ser interpretadas em combinação com testes diagnósticos e a resposta à imunossupressão. Os principais exames complementares solicitados para o paciente são hemograma, bioquímica sérica, urinálise, contagem de reticulócitos e exame detalhado do esfregaço sanguíneo. Os testes empregados para diagnóstico de AHIM levam em consideração as interações antígeno-anticorpo. O teste de autoaglutinação em solução salina é realizado para visualização de macroaglutinação a olho nu ou microaglutinação observada em microscopia. O teste de Coombs (teste de autoaglutinação direta), revela anticorpos e frações do sistema complemento na membrana das hemácias. A avaliação da medula óssea por meio do mielograma pode evidenciar a interrupção em algum estágio dos precursores eritróides. Assim sendo, o presente estudo terá como objetivo revisar a AHIM em cães, dando ênfase as manifestações clínicas, achados laboratoriais e métodos de diagnóstico, a fim de colaborar com a possibilidade de instituição de tratamentos mais precoces e melhoria no prognóstico do paciente.