Trabalho Remoto e Fadiga: Uma Experiência no Ensino Superior Durante a Pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.35685/revintera.v5i2.896Resumo
Este artigo analisa a carga horária laboral na experiência da docência universitária através do trabalho remoto, em função da pandemia COVID-19, com o objetivo de investigar o excesso de fadiga decorrente dele. Através do registro sistemático e detalhado do tempo dedicado ao trabalho em 124 dias, entre 13 de abril a 14 de agosto, foi possível comparar o impacto da execução de atividades de ensino remoto sobre o esforço acadêmico. Conforme o contexto da autora, os registros foram divididos em três períodos, usando como referência a implantação de uma disciplina de graduação remota: debates, preparação e execução. A carga horária média de trabalho diário em todo o período foi de oito horas, incluindo os dias do fim de semana, enquanto a carga semanal foi de 55 horas, em média. Considerando apenas os dias úteis, a média diária foi de nove horas de trabalho e a da carga horária semanal foi de 45 horas. Esses valores variaram significativamente entre os períodos. O texto discute os resultados quantitativos à luz das demandas do ensino remoto e das atividades docentes universitárias, refletindo sobre o impacto desses aspectos nas diferentes subjetividades.