IECA E BRA: NEFROPROTEÇÃO NA DOENÇA RENAL CRÔNICA

Resumo

Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e os bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRA) são amplamente utilizados no tratamento da doença renal crônica  (DRC), além do seu uso na hipertensão arterial sistêmica (HAS), em vista dos seus efeitos positivos exercidos sobre a função renal. O presente estudo objetivou compreender os mecanismos que justificam esse uso, bem como o perfil os pacientes que são mais beneficiados. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados do Google Acadêmico, SciELO e Pubmed com os descritores “Nefroproteção”, “Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina”, “Bloqueador dos Receptores de Angiotensina”, “IECA” e “BRA”, dos quais foram selecionados artigos na língua portuguesa publicados entre 2021 e 2025. A nefroproteção com o uso de IECA ocorre principalmente pela sua função de reduzir a pressão intra-renal, dilatar a arteríola eferente nos glomérulos e diminuir a produção de angiotensina II, um forte vasoconstritor . Esses fatores fazem com que a pressão nos rins não seja superior à suportada por esse órgão , prevenindo danos a longo prazo no tecido renal e, consequentemente, retardando o avanço de condições renais crônicas, como a nefropatia diabética e a hipertensão renal. Os BRAs também são bons medicamentos, eficazes na nefroproteção ao atuarem bloqueando os efeitos da angiotensina II. Além disso, os BRAs e os IECAs têm mostrado eficácia na redução da proteinúria, principal indicador de lesão renal, contribuindo para a preservação da função desse órgão e retardando a progressão dos quadro de renais crônicos. Esses medicamentos são úteis em pacientes com comorbidades como diabetes tipo 2 e hipertensão, onde o controle adequado da pressão arterial e a proteção renal são essenciais para melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações graves. IECAs e BRAs são medicamentos muito úteis na Nefroproteção, mas devem ser usados com cautela em virtude dos riscos de uso concomitante de medicamentos das duas classes pois, hipercalcemia, hipotensão e insuficiência renal aguda são possíveis complicações.