IMPACTOS PSICOLÓGICOS DA VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE SOBRE A DITADURA CIVIL-MILITAR BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.35685/bgqe0305Palavras-chave:
Ditadura militar, Direitos humanos, Impactos psicológicos, Desaparecimento forçado, Memória coletivaResumo
Este estudo investiga os impactos psicológicos das violações de direitos humanos durante a ditadura militar brasileira, com foco no filme Ainda Estou Aqui. A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão bibliográfica utilizando fontes como SciELO e Google Acadêmico, além de discussões entre diversos autores. O regime ditatorial (1964-1985) empregou tortura, desaparecimento forçado e repressão para controlar a sociedade, deixando cicatrizes profundas. O filme aborda o caso de Rubens Paiva, deputado cassado, preso, torturado e desaparecido pelo Estado, evidenciando o sofrimento prolongado de sua família e a perpetuação do “poder desaparecedor”. A obra ilustra a repressão e o silenciamento institucional da época, reforçando a impunidade histórica. Também é discutido o papel da Psicologia no período, que, ao focar em abordagens clínicas individuais, negligenciou os impactos sociais e políticos do regime autoritário. Os achados apontam que os traumas não afetaram apenas as vítimas diretas, mas impactaram gerações inteiras, criando um legado de medo e censura. Conclui-se que o desaparecimento forçado, ainda usado como ferramenta de repressão, permanece presente na sociedade brasileira, destacando a necessidade de políticas de memória e justiça.