OVO DE SARCOPTES SCABIEI EM FEZES DE CÃO

Autores

  • Mayni Flávia de Souza Silva
  • Rayane Borges Duarte
  • Manoel Marim Machado
  • Ísis Assis Braga
  • Dirceu Guilherme Ramos

Resumo

Ao realizar coprológico de um cão, no Consultório Veterinário de Mineiros -UNIFIMES, foi detectado a presença de ovos do parasita Sarcoptes scabiei. A técnica de Willis Mollay, consiste no princípio da flutuação de ovos, oocistos e cistos em solução saturada, e é um procedimento de rotina no consultório. Na ocasião, estruturas elípticas de aproximadamente 100 μm com casca fina foram visualizadas em objetiva de 20X, compatível com ovos de S. scabiei. O ácaro em questão mede de 0,3 à 0,6 mm, corpo globoso, quatro pares de patas curtas, idissoma com estrias transversais, dorso com espinhos triangulares, ânus terminal; fêmeas com pedicelos nos 1° e 2° pares de patas e nos machos com pedicelos nos 1°, 2°e 4° pares de patas. Todo ciclo evolutivo ocorre no hospedeiro. Após o acasalamento, que ocorre na superfície da pele do animal, a fêmea escava túneis ou galerias permanentes, paralelo à superfície da pele. Esses túneis podem apresentar até 1 cm de comprimento e a escavação pode ocorrer 5mm/dia. A maturação dos ovos leva em torno de 3 a 4 dias após a fêmea começar a ovipor, o ciclo dura aproximadamente 2 meses. Os ovos que são ovais e apresentam metade do comprimento de adulto, são colocados individualmente nas ramificações do interior das galerias. Três ou quatro dias após a ovoposição as larvas de seis pernas eclodem e em sua maioria seguirá seu ciclo biológico fora dos túneis. O ácaro S. scabiei é o agente etiológico precursor da sarna sarcóptica, que gera uma dermatite pruriginosa e generalizada, podendo resistir alguns dias fora do hospedeiro o que concede ao mesmo um alto poder de disseminação. Ovos de S. escabiei, são ovipostos e eclodem na pele, não sendo encontrados em fezes animais acometidos pela enfermidade em questão. Uma vez detectada a presença dos ovos foi verificada a ficha clínica do animal, o qual apresentava alta infestação comprovada pelo exame de raspado profundo da pele, o que pressupõe duas hipóteses: contaminação cruzada no ato da coleta das fezes ou ingestão do ácaro ou ovos pelo animal, durante o ato de se coçar.

Palavra-Chave: Canino. Coprológico. Escabiose. Sarna.

Biografia do Autor

Mayni Flávia de Souza Silva

Graduanda em Medicina Veterinária do Centro Universitário de Mineiros-UNIFIMES-GO. 

Rayane Borges Duarte

Graduanda em Medicina Veterinária do Centro Universitário de Mineiros- UNIFIMES-GO. 

Manoel Marim Machado

Graduando em Medicina Veterinária do Centro Universitário de Mineiros- UNIFIMES-GO.

Ísis Assis Braga

Docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Mineiros-UNIFIMES-GO. Doutora.

Dirceu Guilherme Ramos

Docente do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás-UFG.

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Publicado

2018-12-11

Edição

Seção

Eixo I - Ciências Biológicas e Saúde - Resumo