INDUÇÃO À PUBERDADE EM NOVILHAS

Autores

  • Ana Clara Rezende Araújo
  • Alvaro Fabricio Freitas Sales
  • João Pedro Vilela Ferreira
  • José Tiago das Neves Neto

Resumo

O Brasil, possui o segundo maior efetivo de bovinos, aproximadamente 218,23 milhões de cabeças, o qual, a região Centro Oeste possui 75,07 milhões de animais, equivalente à 34,4% do efetivo nacional. Quando se leva em conta que as empresas brasileiras respondem por mais da metade do mercado mundial de carne bovina nota-se a importância da atividade pecuária na economia do país. O rebanho brasileiro é constituído, principalmente, por raças zebuínas, que correspondem 80% do efetivo bovino nacional, destas a raça Nelore é a principal representante e equivale a 90% do rebanho zebuíno. A grande popularidade da raça Nelore se deve à sua grande capacidade de adaptabilidade ao ambiente tropical e alta produtividade. Por outro lado, são considerados tardios sexualmente. Buscando contornar esse problema, tem crescido o interesse em estratégias que melhorem a eficiência reprodutiva destes e qualidade dos produtos. Tornando a eficiência reprodutiva destaque, em programas de melhoramento genético, como critério de seleção de fêmeas. Identificar as fêmeas que atingem a maturidade sexual precocemente e que apresentam potencial para transmissão dessa característica para sua progênie, traz grande impacto econômico para o sistema produtivo. A antecipação da puberdade e aumento da fertilidade de um rebanho refletem, diretamente, na lucratividade. As fêmeas com menor idade ao primeiro parto ficam menos tempo ociosas no rebanho, acarretando em aumento do número de bezerros nascidos e, consequentemente, maior retorno econômico ao produtor. No Brasil, a idade média ao primeiro parto é de três a quatro anos, essa baixa eficiência reprodutiva afeta de forma negativa o produtor e a pecuária nacional. Sendo assim, a produtividade do sistema está relacionada, diretamente, à eficiência reprodutiva das fêmeas que o compõe. Sistemas de criação com idade ao primeiro parto das novilhas aos 24 meses apresentam maior produtividade se comparadas àquelas com primeiro parto aos 36, 48 meses de idade. Uma das formas de manipular e antecipar a puberdade dessas fêmeas, além do melhoramento genético, é utilizar ferramentas de manejo como: nutrição adequada, manipulação hormonal entre outros. Fisiologicamente, a puberdade irá ocorrer quando, houver um declínio do feed back negativo do estradiol sobre o GnRH, tendo como consequência o aumento de liberação de GnRH, o qual induz o aumento da liberação de LH. Sendo assim, a novilha entra em estado de pré-púbere. Diante disso, em protocolos de indução, a progesterona em associação ao estrógeno permite a indução da puberdade de novilhas. Protocolos que utilizam a progesterona simulam artificialmente o estado funcional do CL, permitindo o crescimento folicular, que resulta em maior produção de estrógeno pelos folículos ovarianos e pico de LH. A associação ao GnRH, FSH, LH e estrógenos induzem a ovulação, por meio de aumento na secreção de LH. Tratamentos apenas com progestágenos são capazes de induzir a puberdade em novilhas, embora o resultado seja influenciado pela idade, desenvolvimento corporal e folicular das novilhas antes do tratamento. É valido ressaltar que, uso exclusivo da progesterona seria capaz de induzir a puberdade somente naquelas em que o feedback negativo de estrógeno já teria começado a declinar.

 

Palavras-Chave: Produtividade. Puberdade. Indução.

Biografia do Autor

Ana Clara Rezende Araújo

Discente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Mineiros.

Alvaro Fabricio Freitas Sales

Discente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Mineiros.

João Pedro Vilela Ferreira

Discente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Mineiros.

José Tiago das Neves Neto

Docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Mineiros.

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Publicado

2018-12-11

Edição

Seção

Eixo I - Ciências Biológicas e Saúde - Resumo