O USO DA ESTATÍSTICA COMO FERRAMENTA DE ANÁLISE DE DADOS EM CASOS DE VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL INFANTIL

Autores

  • Andresa Rodovalho
  • Pâmela De Souza
  • Raiany Rocha
  • Uessiley Barbosa

Resumo

O abuso sexual infantil é um crime cometido por um adulto contra uma criança, com o objetivo para sua satisfação sexual, onde este não inclui apenas o ato sexual através da penetração, mas também, sexo oral, anal, carícias, presenciar o ato sexual. Este tipo de violência é um problema de saúde pública em vários países e acarreta inúmeras implicações negativas para a vítima, podendo ser físicas e psicológicas e também pode trazer doenças que são sexualmente transmissíveis. Através do uso da estatística podemos identificar as médias de faixa etária das crianças abusadas, o índice entre meninos e meninas, qual a forma de abuso em cada caso, a classificação entre intrafamiliar e extrafamiliar. A estatística oferece ferramentas que vão ser usadas para analisar dados com base na ciência exata. É dividida em duas características em especial, a descritiva, que busca meios e procedimentos adequados para coletar e organizar os dados dos experimentos realizados. Já a indutiva se fundamenta na teoria da probabilidade, oferecendo ferramentas de investigação e observação dos dados para chegar a conclusão. De acordo com diversas pesquisas feitas neste campo, o Ministério da saúde em 2012 apresentou dados que somente com o auxílio da estatística com suas probabilidades poderiam ter fornecido tal previsão, estas afirmavam que o abuso sexual entre crianças de 0a 9 anos alcançava uma média de 35% e de 10 a 14 anos 10,5 %, sendo classificado como o segundo maior tipo de violência nessa faixa etária. Já em adolescentes de 15 a 19 anos de idade, o abuso sexual fica em terceiro lugar com 5,2%. Em 2015 e 2016 através do disque 100 foram registrados 37 mil casos de denúncias de abuso sexual entre 0 a 18 anos, as denúncias sobre  abuso sexual no ano de 2016 chegaram a 72%, sendo classificada como o tipo de violência mais praticada no Brasil. Pesquisadores com o auxílio da estatística apontam uma relação entre o abuso sexual infantil e o aparecimento de sintomas que ligam ao desenvolvimento de transtornos, tais como: estresse pós-traumático, ansiedade, sintomas depressivos e agressivos, prejuízos cognitivos que prejudicam e interferem diretamente na vida do indivíduo e em suas relações pessoais e interpessoais. Neste sentido é possível concluir que a estatística é uma ferramenta de relevância e com sua ajuda é possível reunir dados concretos e organizar de forma consistente as informações necessárias para análise e interpretação dos estudos ou experimentos realizados sobre o abuso sexual.

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Publicado

2018-12-11

Edição

Seção

Eixo I - Ciências Biológicas e Saúde - Resumo