COBERTURA VACINAL E FREQUÊNCIA DE ÓBITOS POR FEBRE AMARELA NAS MACRORREGIÕES DO BRASIL

Autores

  • Ákissy Nomura
  • Jéssica Cangussu
  • Isabella Jubé
  • Melissa Abreu
  • Wellington Rodrigues
  • Camila Miguel

Resumo

A febre amarela é uma doença hemorrágica viral aguda transmitida pelo mosquito do gênero Aedes e Haemagogus e causada pelo arbovírus do gênero Flavivirus. O manejo contra o vetor, assim como a vacinação são grandes aliados ao combate da doença. Os dados epidemiológicos se tornam indicadores da relação profilática e efeitos deletérios da doença. Assim, o presente estudo objetivou avaliar as frequências percentuais de óbitos por febre amarela por macrorregiões no Brasil, bem como as respectivas coberturas vacinal. Foi realizado um estudo retrospectivo, no período de 10 anos (2006 a 2015), nas bases de dados do DataSus. O estudo avaliou o número de casos de óbitos por febre amarela, assim como a cobertura vacinal para a referida doença nas diferentes macrorregiões do Brasil. Os dados foram tabulados no Excel® e processados no programa “Prisma” da “Graphpad”. Corroborando com dados da literatura observamos em ordem decrescente a seguinte sequência: Sudeste (33%), Centro-Oeste (30%), Norte (23%), Sul (9%) e Nordeste (5%) quanto à distribuição (%) de óbitos. Posteriormente foi avaliada a distribuição da cobertura vacinal, seguindo a seguinte ordem decrescente: Norte (30%), Centro-Oeste (28%), Sul (16%), Nordeste (15%) e Sudeste (11%). Para verificar se houve correlação entre as frequências percentuais por Macrorregiões os dados foram comparados e foi observada uma correlação fraca (Person r = 0,24), e não significativa entre as variáveis (p = 0,69). Para verificar as diferenças, os dados foram avaliados em tabela de contingência e o teste de hipótese qui-quadrado confirmou as diferenças estatisticamente significativas (<0,0001), entre os valores observados e esperados. Assim, há uma variação entre a frequência de óbitos por febre amarela nas macrorregiões do Brasil, assim como nas respectivas coberturas vacinal. Além disso, outros fatores profiláticos, além da vacinação, na região Centro-Oeste devem ser considerados na “batalha” contra a febre amarela.

Referências

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Febre Amarela. 2016. Disponível em: < http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs100/pt/ >. Acesso em: 18 mar. 2018.

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Publicado

2018-12-11

Edição

Seção

Eixo I - Ciências Biológicas e Saúde - Resumo expandido