A IMPORTÂNCIA DA INTELIGIBILIDADE DA FALA EM SALAS DE AULA

Autores

  • Luana Queiroz Rocha
  • Dhais Pereira do Nascimento
  • Uessiley Ribeiro Barbosa

Resumo

A sala de aula é um ambiente onde acontece o processo de ensino influenciando diretamente na evolução do conhecimento, sendo um local onde os estudantes passam várias horas do dia, e é de fundamental importância que seja um ambiente agradável acusticamente, sendo considerado um som agradável até 60 dB (decibéis). O limiar audível do ser humano está entre uma frequência que varia de 20 Hz (Hertz) á 20.000 Hz, e essa habilidade que o ouvinte tem de reconhecer o sinal acústico pelo orador é chamada de inteligibilidade da fala. Portanto, as edificações escolares precisam de uma atenção especial no que diz respeito a um bom projeto acústico, analisando assim o tempo de reverberação, impedindo os ruídos (poluição sonora/sons desagradáveis) e as interferências da fala. A poluição sonora causa consequências negativas, como a baixa concentração, incômodo, estresse, mal-estar, fadigas, irritabilidade, diminuição na produtividade, etc. Esse desconforto acústico não atinge somente os alunos, mais também os professores, provocando interferências causadas pelos ruídos internos e externos, exigindo assim um maior esforço vocal, prejudicando a ininteligibilidade da fala. Em locais onde a poluição sonora está presente é necessária uma atenção dobrada por parte dos ouvintes, o que muitas vezes não acontece, fazendo com que haja uma perda na concretização da aprendizagem, principalmente para os alunos que sentam no fundo da sala, pois recebem sinais menos intensos, e é atingido pela reverberação, sendo esta a quantidade de tempo que leva um som para decair a intensidade de 60 dB, e quando apresentar valores altos, mais difícil é de se compreender a fala. Outro fator relevante é o isolamento acústico, pois tem grande influência sobre a inteligibilidade, proporcionando uma barreira acústica diminuindo assim o fluxo de energia sonora e da sua propagação. Existem normas que regulamentam e auxiliam na elaboração de projetos, porém não existe ainda no Brasil uma norma especifica para salas de aula, utiliza-se então a NBR 10.152 de 1987, que trata sobre os níveis de ruído para conforto acústico. Conclui-se que o princípio é elaborar um bom projeto com base nas normas existentes que garantem a qualidade acústica do ambiente e níveis admissíveis de ruídos, analisando as prioridades do empreendimento e executando conforme as suas necessidades, sempre fazendo as medições para conferência dos resultados, garantindo que a fala seja entendida perfeitamente e usando medidas corretivas para evitar os problemas futuros. E então, proporcionar uma acústica adequada em salas de aula garantindo a inteligibilidade da fala, para que os alunos adquirem o conhecimento transmitido pelo professor/palestrante eliminando a poluição sonora do ambiente.

 

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Publicado

2018-12-11

Edição

Seção

Eixo V - Engenharias, Tecnologias e Meio Ambiente - Resumo