A POBREZA MENSTRUAL: IMPACTOS NA REALIDADE FEMININA
Resumo
A pobreza menstrual refere-se à falta de acesso a recursos, infraestrutura e conhecimento sobre a menstruação como um fenômeno fisiológico, o próprio corpo e os cuidados necessários, evidenciando uma problemática da realidade feminina brasileira. Diante disso, este artigo objetiva analisar tal obstáculo atual, seus impactos no cotidiano das mulheres, os fatores associados e as possíveis soluções, considerando a dignidade menstrual como um direito básico do indivíduo que menstrua de maneira geral. Para isso, realizou-se uma revisão bibliográfica integrativa de 7 trabalhos acadêmicos, sendo 2 artigos, 1 dissertação e 4 trabalhos de conclusão de curso (TCC), em bases de dados como da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), da Universidade Estadual Paulista (UNESP), publicados nos últimos 3 anos, além de um relatório feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) junto ao Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) sobre a pobreza menstrual no Brasil. Os descritores utilizados consistem em “pobreza menstrual”, “consequências da pobreza menstrual” e “dignidade menstrual”. Os critérios de inclusão foram estudos publicados em repositórios institucionais, divulgações recentes, com enfoque no assunto proposto e adequação aos objetivos deste artigo. Como resultados, evidencia-se a pobreza menstrual como um empecilho à equidade de gênero e racial, sendo vivenciada por mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica, afetando tanto questões relacionadas a saúde, por exemplo a coordenação motora, quanto provocando evasão escolar e a não participação de atividades cotidianas, como brincar ou trabalhar, possibilitando maior segregação e impactos negativos na trajetória educacional e profissional da pessoa.