PRINCIPAIS ASPESCTOS E ATUALIDADES SOBRE A ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME BOVINA NO BRASIL

Autores

  • Gabriela Regina Silveira Do Nascimento Centro Universitário de Mineeiros-Go
  • Mayra Parreira Oliveira
  • Samara Moreira Felizarda
  • Eric Mateus Nascimento de Paula

Palavras-chave:

Bovinos, BSE, Doença da Vaca louca

Resumo

A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) é uma doença infecciosa causada por um agente patogênico conhecido como príon, uma proteína modificada. Essa enfermidade se caracteriza por ser neurodegenerativa, afetando a estrutura do sistema nervoso central. Popularmente é conhecida como "doença da vaca louca" e sua etiopatogenia envolve uma abundância de proteínas anormais, originadas por alterações nas proteínas normais do hospedeiro afetando o tecido nervoso. Este trabalho tem como objetivo revisar a importância da EEB, abordando suas principais características de transmissão, sinais clínicos característicos e a importância da prevenção, bem como atualidades sobre essa doença no Brasil. Para obtenção de tais informações foi desenvolvida uma revisão de literatura, utilizando como base Google Acadêmico, Periódicos Capes e SCielo. A EEB pode acometer várias espécies animais, especialmente os bovinos, quando fornecida dieta composta por produtos de origem animal. São mais acometidos animais adultos. Os rebanhos leiteiros são mais afetados que os rebanhos de corte. Ainda há relatos e registros que essa enfermidade pode acometer também os seres humanos, podendo levar ao óbito. A via oral é apontada como principal porta de entrada do agente no organismo animal. A principal via de transmissão é por meio da ingestão de alimentos contaminados pelo príon. Após o estabelecimento do quadro clínico, são observados os seguintes sinais clínicos: desordens comportamentais, dificuldade de locomoção, reação excessiva a estímulos externos, coordenação motora irregular dos membros posteriores, causadas por alterações do estado mental. Para evitar essa enfermidade, recomenda-se o não fornecimento de carcaças animais ou subprodutos animais para a confecção de rações ou outros alimentos destinados ao consumo de bovinos. Essa é uma recomendação que deve ser bastante divulgada entre os produtores rurais. Haja vista que há tratamento para essa doença, além das implicâncias legais e econômicas com ela relacionada. O aparecimento da EEB em um país livre da doença pode acontecer devido a importação dos produtos e subprodutos de origem animal contaminados, para essa situação entende-se como caso típico da enfermidade. Contudo, podemos ter o surgimento da doença também, isolada e esporádica, de maneira natural, quando um animal involuntariamente sofre alteração em uma de suas proteínas. Para esse segundo caso, damos o nome de caso atípico. Embora a doença já esteja erradicada no Brasil, recentemente (em setembro de 2021) foram registrados dois casos atípicos em nosso país. Foram suspendidas por tempo indeterminado as exportações de carne bovina para a China. Tal situação provocou preocupações em alguns consumidores e gerou incertezas sobre o preço do produto. Contudo, por se tratarem de casos atípicos, esses não foram considerados graves e logo já foram contidos e eliminados. Portanto, conclui-se que para não ocorrer a disseminação do EBB é importante evitar a alimentação do gado com proteína de origem animal, diminuindo consequentemente o risco de transmissão para humanos e evitar os impactos econômicos devido as restrições comerciais que decorrem da confirmação de novos casos.

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Publicado

31-01-2022