FATORES QUE INFLUENCIAM NA PRESCRIÇÃO DA TERAPIA HORMONAL NO CLIMATÉRIO

Autores

  • Kellen Thays Alves Neves Unifimes
  • Amanda Ferreira Barbosa
  • Fellipe Alves Soares
  • Carla Danielle Dias Costa
  • Juliana Barroso Rizzo Mendonça

Palavras-chave:

Terapia de Reposição Hormonal, Pré -menopausa, Climatério

Resumo

O climatério, fenômeno caracterizado como fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo (pós-menopausa), acomete mulheres dos 40 aos 65 anos e apresenta sintomas que variam quanto à intensidade e afeta o organismo como um todo. É um período fisiológico que se inicia com a falência ovariana e tem como consequência a deficiência de estrogênio. Para o tratamento desses sintomas, que incluem fogacho, sudorese, variações de humor e diversos outros, é indicado a terapia hormonal, analisando-se individualmente cada paciente e seu histórico fisiológico e patológico. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é compreender os fatores que influenciam a prescrição da terapia hormonal (TH) no climatério, tanto positivamente quanto as contraindicações absolutas do tratamento. Trata-se de uma revisão narrativa em fonte eletrônica e foram retiradas das seguintes bases de dados: Scielo, Revista Eletrônica Acervo Saúde e PubMed do período de 2019 a 2022. Para a seleção dos artigos foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: apresentar temas relacionados à TH e climatério e manejo terapêutico para mulheres na transição da menopausa. Aos critérios de exclusão foram retirados artigos incompletos e de acesso restrito. Identificou-se oito bibliografias e selecionadas quatro evidenciando as condições que impactam na prescrição da terapia hormonal trazendo consigo os seguintes resultados: a TH durante o período do climatério deve ser realizada de maneira ímpar com ênfase na frequência e gravidade dos sintomas vasomotores , modificações nos hábitos de vida, fatores de risco para complicações, dosagem hormonal sérica e o melhor método de adesão ao tratamento, sejam eles a terapia combinada de sistema intrauterino de liberação de levonorgestrel (SIU-LNG) com estrogênio oral ou percutâneo, contraceptivos orais combinados de baixa dose e terapia de estrogênio-progestagêno. O hipoestrogenismo, termo utilizado para se referir a redução dos níveis de estrogênio corporal, acarreta, além de alterações humorísticas, diversos problemas metabólicos. Para mais, durante o período de climatério as camadas epiteliais que revestem o trato genital se tornam menos espessas, a lubrificação decai e os níveis hormonais caem gradativamente, possibilitando o surgimento de doenças de grande impacto na vida da mulher, como doenças cardiovasculares, câncer de mama e endometrial. Devido ao seu papel fundamental na prevenção de doenças, como as citadas, o estrogênio, hormônio utilizado na TH, é essencial para a conservação da saúde feminina e seu uso faz-se imprescindível para a manutenção da mesma, desde que o profissional de saúde envolvido se atente aos possíveis riscos desse tratamento afim de se evitar uma piora no quadro da paciente. Como os principais riscos, destacam-se: mulheres que já tiveram câncer de mama, possibilidade de acometimento por tromboembolismo venoso, pacientes em idade muito avançada e altas doses utilizadas. Dessa forma, percebe-se que a TH, apesar de apresentar algumas contraindicações como em casos de pacientes portadores de câncer, doença coronariana, entre outras, apresenta notórios benefícios sobrepondo aos malefícios, tornando-se indispensável, já que uma vez aplicada de maneira eficiente, pode poupar a mulher de cardiopatias, desgaste nas mamas, hiperplasia endometrial e intensas alterações de humor, capazes de interferir tanto em sua vida social como sexual.

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Publicado

06-12-2022