SITUAÇÃO EM SAÚDE DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA FEMININA ACERCA DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST): REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

Autores

  • Alana Beatriz Silva Bernardo UNIFIMES
  • Wanduil Lucas Takagi Frazão UNIFIMES
  • Fernanda Rodrigues da Silveira UNIFIMES
  • Kesley Vinícius de Alvarenga UNIFIMES
  • Rafael Magalhães Cunha UNIFIMES
  • Viviane Cristina Caldeira UNIFIMES

Resumo

O presente estudo tem como objetivo analisar a situação de saúde da população carcerária feminina, considerando a saúde sexual dessa população e os serviços em saúde oferecidos pela equipe multidisciplinar em sua atuação. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura de estudo descritivo e qualitativo reunindo cerca 30 artigos dos quais 10 destes se encaixavam no objetivo da pesquisa. Excluiu-se aqueles que apresentavam pouca relação com a saúde sexual da população carcerária e aqueles que apenas tratavam das situações sanitárias e psicossociais. Foi utilizado as bases de dados: Lilacs, PubMed e Scielo e pesquisada as seguintes palavras chave: saúde; IST; população carcerária, mulheres. A maioria dos estudos trazem uma análise de penitenciárias localizadas na região nordeste do Brasil, porém, alguns destes se dão na região sudeste, como por exemplo, o estado de Minas Gerais. A partir da coleta dos dados foi possível perceber que as Infecções Sexualmente Transmissíveis estão entre os maiores problemas sanitários do sistema penitenciário, observa-se que as mais prevalentes foram: HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), HPV (Vírus do Papiloma Humano) e Sífilis. Isso se deve, em partes, ao perfil epidemiológico e socioeconômico das carcerárias como, baixa escolaridade, baixa renda e ao fato de estarem em sua maioria em idade reprodutiva, ademais, grande parte dessas mulheres não faz o uso de preservativo. A alta prevalência de Sífilis em alguns estudos, por exemplo, foi associada estatisticamente com a situação conjugal e o uso de drogas antes da relação sexual, caracterizando as condições socioeconômicas desfavoráveis como importantes marcadores de risco para as IST. Como forma de promoção da saúde os Ministérios da Saúde e da Justiça instituíram o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário por meio da portaria interministerial nº 1.777 de 2003 tendo como objetivo prover a atenção integral à saúde da população carcerária do Brasil. Entretanto, na maioria dos artigos estudados, identifica-se a negligência por parte dos profissionais de saúde e dos funcionários das penitenciárias. Na maioria dos relatos afirmou-se receber cuidados ineficientes, falta de consultas regulares e medicamentos. A maioria dos presídios conta com uma quantidade de internas maior que o estabelecido, resultando na redução da qualidade de vida das mesmas e traduzindo em problemas psicológicos e na propagação de doença. Para uma melhor qualidade de vida das mulheres encarceradas é necessária uma visão humanizada dos serviços de saúde com enfoque na promoção e prevenção das doenças, além de uma reestruturação carcerária com investimentos na educação.

 

Palavras Chave: Carcerária. IST. Mulheres. População.

Biografia do Autor

Alana Beatriz Silva Bernardo, UNIFIMES

Acadêmica do 3º período de Medicina, do Centro Universitário de Mineiros - UNIFIMES.

Wanduil Lucas Takagi Frazão, UNIFIMES

Acadêmico do 3º período de Medicina, do Centro Universitário de Mineiros - UNIFIMES.

Fernanda Rodrigues da Silveira, UNIFIMES

Acadêmica do 3º período de Medicina, do Centro Universitário de Mineiros - UNIFIMES.

Kesley Vinícius de Alvarenga, UNIFIMES

Acadêmico do 3º período de Medicina, do Centro Universitário de Mineiros - UNIFIMES.

Rafael Magalhães Cunha, UNIFIMES

Acadêmico do 3º período de Medicina, do Centro Universitário de Mineiros - UNIFIMES.

Viviane Cristina Caldeira, UNIFIMES

Docente no Centro Universitário de Mineiros (UNIFIMES), Mestranda em "Atenção em Saúde" pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC - GO). Pós-graduada (lato sensu) em "Enfermagem do Trabalho" pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais (CEUCLAR). Bacharel em Enfermagem pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais (CEUCLAR).

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Publicado

2018-12-11

Edição

Seção

Eixo I - Ciências Biológicas e Saúde - Resumo