CINZA DA CASCA DE ARROZ COMO SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DO CIMENTO
Resumo
A casca de arroz vem sendo utilizada como fonte de energia em pequenas termoelétricas, enquanto que sua cinza é descartada em locais impróprios. Mediante este contexto, o presente trabalho tem o intuito de empregar este material pozolânico, assim considerado devido à grande quantidade de sílica em sua composição e que tem suma importância por não afetar as características cimentíceas. Assim, reaproveitar esta cinza na indústria da construção civil substituindo parte dela no cimento se demonstra viável com percentuais que variam de 15% a 50% de CCA. Para tal, foi realizada uma revisão bibliográfica, discorrendo sobre os diversos autores e normas que abordam a aplicabilidade da CCA como substituição parcial do cimento, no qual foi possível verificar a eficácia deste produto pozolânico sem que o mesmo sofresse alterações nas propriedades físicas e mecânicas do cimento. Desta maneira, conclui-se que a cinza da casca de arroz pode ser utilizada no cimento, pois, além de reciclar a cinza descartada inadequadamente, não afeta a resistência a compressão do produto, apenas demora em torno de 28 dias para reagir e começar a desenvolver em idades mais avançadas, visto que nem todas as construções necessitam de alta resistência inicial, viabilizando a aplicabilidade desta cinza como adição no material cimentício. Os tratamentos químicos e térmicos aplicados na utilização da cinza da casca de arroz se demonstram eficientes para que o cimento tenha uma coloração clara e não preta, uma vez que, esta cor escura poderia ser motivo de rejeição pelos consumidores do produto. Já a pozolanicidade do cimento com a cinza se mostrou influenciada pela sua granulometria, apresentando melhores resultados nas cinzas de menores granulometrias.