O QUE É LOUCURA DO PONTO DE VISTA CULTURAL

Resumo

Para se definir o que é loucura, faz-se necessário despir-se de suas próprias convicções, pois que esta possui uma diversidade de denominações. Assim, entende-se por loucura: perda da consciência do próprio “eu”, danos cerebrais, desequilíbrio emocional, desajustamento dentro da sociedade, fuga da realidade etc. Porém isto ainda é insuficiente, já que uma cultura estabelece o próprio modo de conduta para apresentar uma série de normas que visam direcionar os indivíduos em relação ao agir, pensar e sentir. Dito isso, são construídas as características que definem o próprio louco, aquele que rompeu com a normalidade. Entretanto, há civilizações que tratam o louco como ser sábio; em outras épocas está ligado ao sagrado, ao sobrenatural, à bondade ou à maldade. Enfim, pode-se entender que a loucura é avaliada culturalmente de acordo com o contexto social vigente. Portanto a sociedade dita a cultura estabelecida e esta esquematiza a forma de tratar o indivíduo tido como louco. A doença mental traz sofrimento. Ora apresenta características agressivas, ora apresenta de bondade e de lucidez, ora apresenta como animais de ferocidade natural, e não homens que perderam a razão e, neste sentido, não precisam ser curados, pois não são doentes. Os loucos, por muitas vezes, foram internados. Em “O que é loucura” (FRAYZE-PEREIRA, p. 102, 1982) afirma que “numa sociedade que tem horror ao diferente, [...] a loucura é uma ameaça sempre presente”. Cabe aqui ressaltar o quanto é importante a convivência entre os diversos pensares humanos. A psicologia, vista como uma especialista, ressalva que o homem tem sua singularidade, isto é, age de forma única, e que isto demonstra o quanto ele tem suas especificidades. Pode-se perceber então que, como fenômeno psicológico e cultural, a loucura apresenta também uma diversidade de sentidos, assim como os seres humanos em vários aspectos. O objetivo deste trabalho consiste em desmitificar o estigma da loucura chamada de doença mental, com a finalidade de que a sociedade aprenda a respeitar e a tratar o que não entende com ética.