A REABILITAÇÃO MOTORA COMO FORMA DE RESGATAR A QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES HEMIPLÉGICOS
Keywords:
Reabilitação Motora. Sequela. Qualidade de vida. AVEAbstract
O Acidente Vascular Encefálico (AVE), popularmente conhecido como derrame, ocorre quando há a interrupção do fluxo sanguíneo no tecido cerebral ocasionado por uma obstrução ou rompimento de um vaso, provocando a perda da função contralateral pela diminuição da função neurológica. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 15 milhões de pessoas sofrem um AVE por ano, destas cinco milhões morrem em decorrência do evento e grande parte dos sobreviventes apresentam sequelas físicas e/ou mentais. A principal sequela física resultante do acidente é a chamada Hemiparesia, que consiste na perda parcial da função motora em um lado do corpo. Isso afeta diretamente a qualidade de vida do indivíduo, vez que impossibilita e/ou prejudica a independência nas atividades cotidianas, assim, deixando-o incapaz de realizar as mais simples tarefas. Nessa perspectiva, esse estudo caracteriza-se como uma revisão de literatura de artigos científicos na base Scielo de teor qualitativo acerca da reabilitação motora em pacientes hemiplégicos como forma de resgatar a qualidade de vida. Dessa forma, foi demonstrado que o comprometimento dos aspectos físicos e da capacidade funcional estão diretamente relacionados à perda da qualidade de vida e bem-estar, sendo verificado, ainda, que quadros graves de incapacidade são fatores de risco associados à ocorrência de depressão. Nesse sentido, o estado funcional é apontado como um dos domínios determinantes da qualidade de vida dos pacientes, por isso a utilização de estratégias para melhorar a função física é um diferencial útil, capaz de incrementar positivamente as expectativas em relação à vida após o AVE. A reabilitação motora é apresentada como principal forma de diminuir as limitações para a realização das atividades de vida diária, assim, devolvendo, significativamente, movimentos essenciais para o bem-estar e para a reintegração mais independente do indivíduo. Pode-se concluir, portanto, que as manifestações clínicas provocadas pelo AVE estão relacionadas ao comprometimento na percepção da qualidade de vida, sendo, de suma importância, a reabilitação motora como ferramenta da reintegração social mais independente e da promoção de um estado geral de saúde.